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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Para todo tipo de gente


Sim. Este mundo é feito para e de todo tipo de gente. Gente de tudo quanto é cor, tamanho, expressão, cultura, religião e até humor. Mas muitos acham que são donos do mundo, sem ser... Este mundo, azulzinho, repleto de defeitos e qualidades, é nosso. Ensinar isso aos nossos filhos é a tarefa mais árdua e prazeroza de nossas vidas. Ensinar e aprender com eles que cada um pode ser do seu jeito, que cada um pode gostar de uma coisa, que cada um pode amar de forma única. Somos todos diferentes e iguais ao mesmo tempo. Diferentes na nossa forma, no nosso conteúdo e iguais no nosso desejo: a felicidade.
Posto hoje, logo abaixo, um vídeo que recebi esta semana, em horas de desespero e desalento, quando me sentia bem sozinha nos meus problemas cotidianos. Como sozinha? Em um mundo repleto de gente? Impossível ficar só, mas sempre possível se sentir só em nossas diferenças. Onde há respeito e solidariedade, sentir se só é sempre por pouco tempo.
Produzido pela INDICA com a participação de crianças e de jovens em situação de risco. Se quiser conhecer, acesse: http://www.projetobemmequer.org.br/. E, se tiver 15 minutinhos, assista ao vídeo e pense bem: a gente pode mudar de caminho sempre. Mas o caminho é só uma forma de ser feliz.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Triunfo brasileiro vale mais que uma Copa


A nação brasileira acordou hoje vencedora... E não tem nada a ver com a Copa. O Brasil celebou o acordo assinado pelo Irã, nesta segunda-feira, sobre o seu programa nuclear. Para chegar a este resultado, o presidente Lula arriscou sua fama internacional, jogou todas as suas cartas e ouviu de muitos, inclusive brasileiros, que ele estava brincando de "missão impossível". A "missão impossível" foi concluída pela diplomacia brasileira de forma diferenciada, ouvindo a outra parte, compreendendo e renovando o diálogo  com o Oriente Médio. Mostramos ao mundo que não somos um País que só sabe jogar bola e sambar. Somos bons nisso e em muita mais... O Brasil é o País deste século e que se d# os céticos! Segue belíssimo texto do Emir Sader sobre o tema.

Viva o Brasil! Viva nossa política externa soberana e independente!

(Emir Sader, em http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=470&msg=Coment%26aacute%3Brio%20enviado%20com%20sucesso%21&CFID=19271290&CFTOKEN=9893af29389a482-A62C5983-F094-CDA3-17EBA5FC362724C5)



Corvos, urubus, tucanos, todos torcendo contra uma negociação pacífica do conflito em torno do Irã, porque é Lula quem conduziu essas negociações, o que fortaleceria ainda mais sua imagem. Enquanto que um eventual fracasso, mesmo que levasse a um novo conflito bélico de proporções, contanto que pudesse ser explorado internamente em termos eleitorais, favoreceria a oposição, nos seus mesquinhos e desesperados cálculos eleitorais.

Não importa o destino do Oriente Médio, do mundo, contanto que Serra possa ter alguma esperança de se eleger. Eleger um candidato que disse que o Mercosul é uma “farsa”, que o Brasil fez “uma trapalhada” em Honduras, que o ingresso da Venezuela no Mercosul era “uma insensatez”, que “não convidaria o primeiro ministro do Irã para vir ao Brasil, nem iria ao Irã”.

Dane-se a paz no mundo, contanto que a candidata de Lula não siga sua curva ascendente, que a faz superar a seu candidato na pesquisa do Vox Populi. Dane-se a paz no Oriente Médio, contanto que se possa consignar alguma “gafe” de Lula na viagem ao Irã. Dane-se o mundo, contanto que os interesses da direita brasileira sejam preservados.

Essa visão estreita, provinciana, se choca abertamente com a importância do acordo conseguido e com suas repercussões internacionais. Ainda mais porque contradiz o ceticismo do governo norteamericano – Hillary mencionou o tamanho da montanha que Lula teria que escalar para conseguir o acordo e dos porta-vozes da militarização dos conflitos em escala mundial. Onde outros fracassaram ou apostaram que nem valia a pena buscar negociações, o Brasil triunfou.

O Brasil soube buscar aliados – Rússia, China, Turquia, França – para abrir um espaço de negociação política, que se revelou possível e correto. A posição brasileira de que os EUA – e outras potências – possuindo imensos arsenais nucleares, não tinham moral para buscar acordos que limitem a disseminação de armamento nuclear, abre caminho para outras iniciativas de paz.

Em Israel e na Palestina, Lula deixou claro que os EUA não são o bom negociador para a paz na região, tanto porque são parte integrante do conflito, ao definir a Israel como seu aliado estratégico, como porque fracassou ao longo do tempo, sem que se tenha obtido a concretização do acordo da ONU de garantir a existência de um Estado palestino nas mesmas condições do Estado israelense.

Faltava que a candidatura de Lula fosse lançada ao Prêmio Nobel da Paz, para que uma imensa grita se estendesse por aqui, para que esse merecido reconhecimento internacional não projetasse de vez o Brasil como um novo sujeito em negociações de paz, projetando-nos como país que contribui efetivamente para sairmos de um mundo unipolar, sob hegemonia imperial de uma única super potência e para a criação de um mundo multipolar.

Devemos sentir-nos orgulhosos da diplomacia brasileira e da política internacional do Brasil, da atuação de Lula e de Celso Amorim. Devemos lutar ainda mais para consolidar essas diretrizes da política exterior brasileira e contribuir para que ela não apenas prossiga, mas se estenda e ajude ainda mais a construir um mundo em que os conflitos não sejam mais objeto de intervenções militares, mas de negociações políticas, pacíficas, que respeitem o direito de todos, especialmente dos que, até aqui, foram oprimidos pelas potências que concentram os maiores arsenais do mundo e pretendem perpetuar seu domínio sobre uma ordem mundial injusta.