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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Com carinho, uma fatia de bolo...



Tem cheiros e sabores que nos levam para os lugares mais distantes e fazem uma reviravolta em nossos corações. É possível sentir o conforto daquele momento na primeira mordida ou ainda na primeira exalada do aroma que invade o lugar. Assim são, para mim, os bolos. Bolo é comida para compartilhar. Quem, como eu, mora sozinho (ou quase), dificilmente se anima a fazer um bolo. Porque ele corre o risco de ressecar, mofar, enjoar. Porque não vai ter ninguém para elogiar. Bolo é partilha, é coisa de família, de reunião de amigos e, por isso, traz para mim tanto conforto. Bolo fofinho, molhadinho, quentinho vale como mil abraços. Então, quando vi esta imagem acima me lembrei dos bolos que gostaria de comer de novo, em galeria, todas as vezes que eu estivesse triste e cada um me traria uma coisa boa, bem boa. E, quando fosse necessário, eu embalaria para presente e oferecia uma fatia a quem tivesse com o coração carente. Foi isso que pensei quando vi esta foto do Rainhas do Lar.

Estão, por enquanto, na minha lista de bolos presentes estão:

Bolo de chocolate, molhadinho, com a casquinha dura. Só comi na minha infância (minha mãe perdeu a mão) e adoça a gente.

Bolo de “nada” com qualquer geléia para se sentir livre.

Bolo de laranja com salada de fruta para acreditar em rótulos, fabricantes, receitas. Fiz uma vez e deu certo.

Bolo de banana com açúcar e canela. Nenhum é igual ao primeiro. Para sabermos que os momentos são únicos.

Bolo de cenoura. Receita aprimorada sem leite, sem cobertura, para que a gente saiba se adaptar ao necessário.

Bolo de maçã, feito pela minha tia Cristina. Adoro morder os pedacinhos e saber que as pessoas são únicas e nem tudo se aprende.

Bolo de maracujá, com as sementinhas, que comi na redação e não esqueço nunca, porque matava minha ansiedade de foca.

Bolo de maçã com uva passa, porque dinheiro compra algumas coisas. Ninguém diz que comprei pronto, a não ser por eu não ter forno.

Bolo de chocolate com morangos e damascos, cobertura de raspas de chocolate também. Para quando a gente acha que pode.

Bolo de flocos de milho, quente, com café, feito pela Dona Denice, para a gente aprender a achar o que é bom na simplicidade.

Bolo gelado da minha amiga Fátima, para guardar e comer mais tarde. Para aprendermos que promessas de amigos sempre serão cumpridas.

Bolo bem-casado, embrulhadinho, comprado na Sonho Meu, para comer dois escondidos e saber que gula é “pecado” bom.

Bolo de chuva para lembrar minha avó e ser feliz para sempre.

Se quiser que eu acrescente algum na lista, me ofereça um pedaço!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Amiga da mãe é ... tia!!!


Tio e tia têm que ser necessariamente irmão ou irmã da mãe e do pai?
Li que sim. Que devíamos não confundir tanto as relações familiares, que confundíamos as crianças ao chamar a professora de tia ou aquela amiga querida...
Sinceramente, bobagem! Bom é ter muitos tios e tias... Bom é ter muitos sobrinhos e sobrinhas e, de preferência, apadrinhá-los, roubá-los dos seus pais nos finais de semana, fazer estripulias e guardar nos álbuns muitos retratos coloridos de gente fisicamente diferente da gente, mas que a gente conhece cada pedacinho de cor.
Ter um bocado de obrigações e responsabilidades para com eles e estar na lista indubitável dos presentes naquela festinha mais íntima.
Eu adoro ser tia de um bocado de crianças que começou a nascer em 2000, exatamente no dia 6 de março, há nove anos. Que delícia! Aprendi a olhar com outros olhos. Com os olhos que ilustram este post.
Tornei-me tia Luisa bem antes do que a genética irá tomar esta providência. Minha “única” irmã sempre declarou que ficaria no 0 a 0 até 2012 e eu não quis perder tempo.
Já sou tia de uns sete guris e gurias, que vi nascerem, que cresceram por perto e que sei onde se encontram e para onde queremos que eles se destinem.
Sou tia palpiteira demais, mas plantonista para horas de desespero e dúvidas.É verdade que melhorei muito como tia depois de 2003, quando o meu pequeno nasceu. A gente amadurece, percebe que os conselhos não podem ser tão destemidos e que a realidade, bem, a realidade, não se define facilmente.
E sem ser irmã das minhas amigas mais queridas ganhei o direito de usar e abusar deste título e de tê-las como tias do meu filhote.
E, no meio deste turbilhão de incertezas que é o mundo de hoje, elas são as pessoas mais certas para tudo. São amigas, companheiras e torcedoras de finais felizes.
Sem elas, mulheres sozinhas, que muitas vezes têm que pedir para Santo Expedito uma solução possível, não conseguiria sobreviver.
Sou desta rede de amigas tias e te aconselho a ser também...

PS Até julho deste ano ganho mais dois sobrinhos, de uma só leva, e meu coração de tia está apertado demais de tanto amor. Lucas e Lis serão os primeiros gêmeos com quem eu vou conviver, mas, sobretudo, são os primeiros filhos da minha amiga de infância, Carol, que há muito anseia em ser mãe. E isso me torna uma tia insuportavelmente palpiteira e feliz!