segunda-feira, 13 de abril de 2009

Buraco negro


Hora do almoço. Hora de perguntas e muita falação. Só almoço em silêncio se for bem longe do filhote, porque quando chego em casa, invariavelmente, ao sentar na mesa, ele começa o falatório, que inclui o relato dos desenhos, reclamações (sempre são muitas) seguidas de broncas e perguntas (todas as possíveis). Uma das últimas foi se o buraco negro não tinha fim. Eu, na minha limitação em conhecimentos astronômicos, disse que até onde se sabe, ele não tem fim, é infinito. Então, ele disse: - Eu queria jogar a sua “bravura” lá dentro! Eu ri antes de corrigir: - Deve ser a minha braveza, filho, que você queria jogar fora!
É. Eu também queria. Mas queria jogar junto com ela as preocupações com o futuro, os medos, as prestações, o cansaço, o mau humor, a covardia, os dias cinza, a insônia, a fome, as palavras que não devia ter dito, os quilos extras, parte do passado. Seria um tanto bom jogar esse lixo fora sem ficar reciclando eternamente...

2 comentários:

  1. se o tomás achar um jeito de jogar sua bravura-braveza no buraco sem fim e vc os seus lixos irrecicláveis, me avisa pra eu aproveitar a viagem??????

    tudo há de melhorar. e o lixo há de diminuir.

    boa semana, amiga, sem insônia e boas notícias.

    obrigada pela visita no blog.

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  2. não conheço o SVU...

    q absurdo! na sexta-feira eu só trabalhei antes de ir para a casa da Dri, viu amiga? magoei...

    bjo!

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