segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O que é, afinal, ter um menino?


Nunca pensei em ser mãe de menino. Nos meus sonhos românticos (cof!cof!) de adolescência, me imaginava mãe de menina. Quando empolgada, imaginava logo três meninas. Tinha nome para todas elas. Mas quando me descobri grávida, tive a certeza que sentem algumas mães que lá viria um menino. E veio... Veio um menino nato, daqueles que passaria fácil em um teste de verificação da espécie, a não ser pelo gesso (que benza, Deus!), ele ainda não usou.
Na saída da aula, quando estou jogando conversa fora com as mães de meninas, me dou conta do tanto que é diferente. Enquanto as meninas estão lá, sentadinhas brincando com suas bonecas, fazendo casinhas imaginárias (com raras e interessantes exceções), os meninos estão desbravando o pátio, criando estratégias de guerra e fazendo os cabelos maternos ficarem arrepiados.
Na sexta passada, pensando nestas diferenças que tanto nos assombram, me deparei com o texto da blogueira Laély Fonseca (do excelente Blog Sala da Lá). Me diverti com as semelhanças e com a ameça de um futuro ainda mais promissor de mãe de menino. Com a devida autorização da autora, a quem eu sigo por causa das ótimas dicas de decoração e por causa do meu outro blog (http:albunsartesanais.blogspot.com), segue o texto:
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Alguém aí, sabe o que é ter um menino? Bem, disso não sei muito bem. Posso falar apenas da experiência de ser mãe, de 3!


Para quem ainda não sabe, darei uma aulinha express no melhor estilo retrô, lembrando aquele casalzinho pelado do "Amar é":

"Ter um menino é"...

-Abdicar das sua soneca vespertina, porque eles não perdem tempo dormindo;

-Ser chamada a toda hora, pelos motivos mais comezinhos possíveis!

-Ter disposição de procurar coisas perdidas para eles, mesmo que estejam, obviamente, debaixo de suas ventas!

-Saber que eles obedecem naturalmente à uma regra intrínseca: "são os últimos a chegar para o almoço e os primeiros a sair!" ( 'Guente firme e não se renda a esta "regra"!)

-Assistir toda a saga Stars Wars com eles, sem direito à cochilos pelo meio, mesmo que prefira um "filme de mulherzinha" ( Que: bááa! Eles não se prestam a esse "serviço"!) .

-Conviver com dois sentimentos contraditórios: quando pequenos, você deseja que eles desgrudem um pouco e sejam mais independentes, quando maiores, não entende porque não aceitam um carinho em público!

-Aprender, depois de um tempo: compras indispensáveis( tipo, assim: sapatos, roupas...), salão de beleza e...meninos, são incompatíveis!

-Se não quiser ouvir críticas ao seu visual fashion, não lhes peça opinião, principalmente, se estiver lidando com adolescentes! ( Acredite: pode ser danoso à sua auto-estima!)

-Nunca saber que número exato de sapato eles estão calçando: pés de menino estão sempre em fase de crescimento!

-Achar que você diminuindo, quando está no meio deles;

-Ouvir heavy metal a viagem toda, mesmo que você odeie o estilo! ( Como indenização por danos auditivos e psicológiocos, na volta pra casa, o cd player do carro é todo seu: e, só MPB!)

-Depois dos 10 anos, advinhar o gosto deles é complicado: você achou aquela camisa "super linda", mas ele pode considerá-la "super brega"!

-Um mistéério...Por que, todas as calças do mais novo, insistem em abrir um rombo, exatamente sempre na altura do joelho D?...

-Conformar-se: se você acha que já tem menino demais em casa, os "apêndices" virão. Menino, chama menino! A casa estará sempre cheia de colegas, que adoram fazer um "lanchinho" no meio da tarde! ( Não reclame disso: é melhor mantê-los sob as suas vistas, do que longe delas...)

-Fazer você rodar todas as bancas de revista, à procura de figurinhas de Pokémon;

-Aprender a falar Pokemonês ( desta tarefa, eu já estou livre! A febre passou...)

-Estar pronta a responder as perguntas mais complicadas possíveis, tipo: "por que os políticos são corruptos?"

-Conforme o tempo passa, o comprimento do cabelo deles poderá ser inversamente proporcional ao seu. Acostume-se a dividir o secador de cabelo com eles.

-Quando receber deles uma ordem para desligar o PC e ir dormir, não discuta! Obedeça.

-Preparar-se pra chorar junto, quando as primeiras rejeições acontecerem;

-Estufar o peito de orgulho, dizendo pra si: "saiu de mim, esta criatura!"...

To be continued...( Acrescentem aí, as experiências com os seus meninos)

Há um texto interessante de Alan Beck, tentando descrever o que é um menino.

Eu, ainda estou aprendendo. Meu sogro, tão sábio, costumava dizer: "Laély, você não sabe o que é um menino!" e em seguida, dava uma risada, como se prenunciasse meus "aperreios" como mãe de 3...

Para o meu caçula, completar 10 anos foi um marco: vejo-o discutindo com o mais velho, que faz Psicologia, querendo saber como é a adolescência, preocupado, porque vai fazer o 5° ano... noutro dia, escutei uma conversa dele com um colega da mesma idade, frequentador assíduo da nossa casa:

-D., você sentiu alguma coisa diferente, quando fez 10 anos?( perguntou ele, interessado na resposta. )

-Não! ( e deveria?!...)

-Ah, eu também: só senti que mudei de idade...(resignou-se)


Pois é, resumindo conversa: agradar menino não é nada fácil. Ainda mais, quando os gostos vão mudando, conforme a fase. É por isso que insisto para que o pequeno experimente de tudo o que se põe à mesa para comer:

-Você quer me obrigar a gostar disso? ( ele chantageia, apelando para o meu "espírito democrático"!)

-Não, mas quero ensiná-lo ao menos a experimentar e assim, evitar um chato a menos no mundo! ( Também sei apelar, viram?)

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Gostaram? Leia o post completo em  http://saladala.blogspot.com/2010/01/volta-as-aulas.html#ixzz0eIt24du2

Ainda não tem um menino? Calma, que ele surge quando a gente menos espera. Aliás, ele pode estar bem ao seu lado, escondido dentro de um homem vestido de terno e gravata.

2 comentários:

  1. Vc sabe que sempre tive vontade de ter um garoto!
    Se a mamãe não fosse tão ciumenta ia passar mais tempo com o Tomás.

    Rogério

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  2. Adorei essa dos comprimentos dos cabelos serem inversamente proporcionais. Maravilhoso !

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