Lá em casa, o censo passou logo na segunda semana. Eram 19 horas. O Tomás me perguntou quem subia e eu disse que era uma pessoa que queria saber quem são os brasileiros, como eles vivem e o que eles esperam do Brasil.
Respondi uma dúzia de perguntas para um rapaz e para um Tomás muito interessado na conversa dos adultos e estava encerrada minha obrigação com o IBGE. No final, eu perguntei: é só? Para o que ele respondeu: sim.
Puxa! Eu queria entrar nas estatísticas das mães solteiras, dos que não têm computador em casa e dos que fazem reciclagem de lixo. Mas ele não quis saber disso. Foi embora e deixou eu e o Tomás na nossa rotina noturna banho-tarefa-jantar-conversinha-cama!
No outro dia, meu filho resolve usar o português ampliado em uma conversa sem cabimento:
- Mãe, eu tenho um censo dentro de mim.
- Como assim, filho? Censo?
- Eu tenho um (s)censo, mãe, de que no final tudo dará certo! É um (s)censo de sentimento.
Isso é o que esperamos para o Brasil e para nós, seus moradores convictos, uma esperança renovada.
Amando a humanidade
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Acho que ser homem, pai, marido, adulto do sexo masculino já foi mais
fácil, mas não tinha graça. Confinados em seus clubes, escritórios, saunas,
bordéis,...
Há 9 anos