quarta-feira, 9 de março de 2011

Para o seu dicionário


"Para todas as coisas, dicionário. Para que fiquem prontas, paciência." (Marisa Monte)

Enquanto os filhos crescem, também se tornam mais crescentes os questionamentos, as dúvidas, os medos e os desafios a percorrer. Neste momento da vida de pai e de mãe, cada detalhe ganha o ar de espanto, de quem duvida ser daquele que até outro dia um pequeno ser, tanto ímpeto, tanto desejo, tanta vontade fora da sua.  Os filhos se formam na educação diária que damos a eles, mas também no mundo sedutor a sua volta, na conversa dos vizinhos, no recreio da escola, na propaganda da televisão, no anúncio da revista e no nosso olhar duvidoso.

Foi na sexta passada, véspera de festa planejada, enquanto nos arrumávamos para nos encontrar com os nossos, que Tomás decidiu ampliar seu vocabulário. A conversa começou com um simpático "Tem umas coisas da língua portuguesa que não entendo". Me preparei para explicar amenidades, quando ele me questionou os significados dos seguintes termos: "malandro, bad boy, mala sem alça, galã, projeto de galã e aquele que se acha".

Fui lá eu explicar cada um dos significados, enquanto ele me pedia exemplos e citava pessoas para cada uma das categorias citadas. "Fulano é malandro, então?". Depois de muitas definições sem exemplos. "E aquele se acha"? Foi quando terminamos o assunto: "Você, meu filho. Se acha bem maior do que é!".

Eu sigo nas tentativas de formar este dicionário onde impera a palavra amor.

Um comentário:

  1. Para nós, mães, sabedoria e cabeça no lugar. Para eles, saúde e mente sã. Diariamente...

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