sábado, 4 de abril de 2009

Nenhum pouco abandonados

Ainda sobre as indenizações por abandono afetivo, conheço três crianças que vivem assim. São tão queridas, que não consigo nominá-las como abandonadas.
É porque elas não foram. Elas foram tão acolhidas por suas famílias, que aqueles que as deixaram têm um papel menor na minha mente.
Mesmo assim, quando as vejo e quando vejo suas mães, rápidas e eficientes, penso como é possível fechar as portas para tão amplas possibilidades?
Cada uma encontrou uma solução. Cada uma sofre com suas dores nas noites mais frias. Cada uma enfrentou o abandono da pessoa que mais ama com a coragem e o silêncio que pôde.
Queria que elas não se calassem, que gritassem para o mundo que isso não se faz, que não deixassem isso passar...

2 comentários:

  1. quantas vezes me peguei pensando q tudo podia ser menos difícil. que amor dos que se têm fosse suficiente pra gente ser gente de verdade, feliz plenamente. quantas vezes quis que as ausências não se sobrepusessem esse amor dado com tanta dedicação, empenho e força. mas não é possível. desisti de preservá-lo da dor. espero apenas a hora certa para ajudá-lo a se livrar dela. ele vai poder contar com minha ajuda. com o meu grito.

    bjo.

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  2. Meu grito também estará lá... Bjo!

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