domingo, 19 de dezembro de 2010

Procurando... um Noel verdadeiro!




No primeiro Natal de sua vida, Tomás tinha apenas 10 dias e vestido de vermelho, enfeitou mais do que curtiu a noite feliz. Mas depois disso, se tornou um verdadeiro apreciador da data. Eu sempre brinco que ele antecipou sua chegada para curtir o “Natal”. E assim tem sido, desde que se viu menino, com 1 aninho, desembrulhando uma piscina de bolas que coloriu a festa natalina de 2004. Desde então, virou tradição montar árvore juntos, ver as luzes da cidade, ir á missa e visitar o Papai Noel.

Quando pequeno, evitava ir a mais de um shopping para que ele não se confundisse ao ver tantos Noéis espalhados. Mas agora, aos 7 anos, fica difícil contornar o seu olhar atento a cada Papai Noel que aparece na televisão ou sentado no trono do shopping. Então, começado o mês de dezembro fomos em busca do Noel para que ele falasse do seu ano e fizesse seus pedidos.

Então, começou a peregrinação. No primeiro Noel, veio o seguinte comentário:

- Mãe, este não é o verdadeiro. Olha bem para a barba dele e ele nem está de bota!

No segundo, achei que ia dar certo. Barba verdadeira, bom papo, roupa nobre, três reais para tirar foto e a seguinte constatação:

- Mãe, Papai Noel tem uma voz diferente. Este aí não sabe nem fazer “hohohoho”!

No terceiro, já estava descrente. Mas eis que um velhinho de olhar carinhoso fisgou o pequeno.

- Finalmente, achei o Papai Noel. Ufa! Achei que ele só tivesse deixado substitutos aqui!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Noites insones



Para alegria, sono.


Para tristeza, insônia.

Inconseqüência de um corpo que sente, mas não raciocina.

Se alegre, quero dormir pouco.

Se triste, quero o prazer de rever a paz enquanto sonho.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Na televisão do céu



- Mãe, no céu, tem televisão?

- Creio que não filho...

- Melhor assim, porque senão meu vô ficaria triste demais.

- Por que?

- É que o presidente torceu para o Corinthians que nem eu.

****
O Tomás já sabe que meu pai gostava do Lula, mas não sabe é que, no futebol, ele sempre foi mais ele. Era solitário na torcida pelo tricolor carioca em uma casa de botafoguenses e flamenguistas. Dizia seguir Paulinho da Viola e Chico Buarque em sua escolha. Se estivesse por aqui, ia vibrar com o suor dispensado pelos jogadores em busca deste título e fazer "troça" de quem quase beijou a taça.

Eu, minha mãe e o Tomás, assim como o Lula, tivemos que aceitar a vitória justa do Flu, que fez um campeonato excelente e vamos ter que esperar para gritar campeão no próximo ano com o Corinthians, o Flamengo, o Grêmio ou Vila Nova.

A gente não gosta de apostar as fichinhas em um só cofre... e assim nos divertimos mais com essa brincadeira de gente grande chamada futebol.

Também aposto minhas fichas como televisão no céu deve ter cores mais coloridas do que essa que filtra as emoções da vida.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Neste Natal, doe vida!


Recebi um email na noite de ontem inesperado e gostoso de ler. Quase como uma oportunidade para este mês de Natal que já invadiu as ruas, mas precisa mesmo é invadir o coração. A amiga virtual Alê, do blog Eu, meus botoes e as teclas, pediu para eu divulgar a campanha “Para doar é só falar” sobre doação de órgãos. A irmã dela, Giselle Rocha , é uma das muitas pessoas transplantadas no Brasil, mas cerca de 60 mil ainda esperam por uma chance.

Lá em casa, somos todos doadores de órgão por acreditar que a solidariedade independe de crença e que um gesto tão pequeno pode fazer uma grande diferença. Minha prima Ana Cristina foi beneficiada por duas vezes em sua luta contra uma diabetes grave. Mesmo não tendo resistido, sentiu uma felicidade enorme por ser escolhida para receber este presente. A gratidão de quem recebe esta nova chance é maior do que um “obrigado”. É algo que não tem preço.

Mas voltando ao email da Alê, a campanha do site Estenda a Mão busca a adesão da população na campanha de doação de órgãos. Para participar, basta criar um vídeo de 30’ sobre doação de órgãos. Os mais votados terão prêmios e serão divulgados em uma campanha nacional sobre o tema. A Giselle fez o dela com amigos e ficou muito bacana. Então, quero de presente de Natal o seu voto neste link aqui: http://bit.ly/eevIHl.

Um presente que pode fazer a diferença real para a vida de alguém!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ideias para Monteiro Lobato



Falei no post anterior que íamos gastar umas noites lendo o livro “Reforma da Natureza”, do Monteiro Lobato, e também para curar a febre e a dor de garganta do pequeno. Chegamos, ontem, ao capítulo da reforma da vaquinha Mocha. Emília e sua companheira Rã começam a pensar melhorias para a mamífera, como o rabo no meio das costas para espantar melhor as moscas, um chifre com protetores móveis e torneiras no lugar de parte das tetas. Eu e Tomás rimos da figura desolada de Mocha com tantas mudanças, quando ele disparou:


- Seria bom se meninos tivessem torneirinhas para fazer xixi, mamãe!

- Por quê?

- A gente não ia sujar o vaso e nem precisava interromper a brincadeira para ir ao banheiro. Era só apertar a torneira.

Foi dormir rindo pensando que, como Emília, tem certas coisas que podiam ser bem melhores.

Eu também acho. Crianças podiam não adoecer e adultos podiam voltar a ter 6 anos quando as coisas ficassem difíceis.