No primeiro Natal de sua vida, Tomás tinha apenas 10 dias e vestido de vermelho, enfeitou mais do que curtiu a noite feliz. Mas depois disso, se tornou um verdadeiro apreciador da data. Eu sempre brinco que ele antecipou sua chegada para curtir o “Natal”. E assim tem sido, desde que se viu menino, com 1 aninho, desembrulhando uma piscina de bolas que coloriu a festa natalina de 2004. Desde então, virou tradição montar árvore juntos, ver as luzes da cidade, ir á missa e visitar o Papai Noel.
Quando pequeno, evitava ir a mais de um shopping para que ele não se confundisse ao ver tantos Noéis espalhados. Mas agora, aos 7 anos, fica difícil contornar o seu olhar atento a cada Papai Noel que aparece na televisão ou sentado no trono do shopping. Então, começado o mês de dezembro fomos em busca do Noel para que ele falasse do seu ano e fizesse seus pedidos.
Então, começou a peregrinação. No primeiro Noel, veio o seguinte comentário:
- Mãe, este não é o verdadeiro. Olha bem para a barba dele e ele nem está de bota!
No segundo, achei que ia dar certo. Barba verdadeira, bom papo, roupa nobre, três reais para tirar foto e a seguinte constatação:
- Mãe, Papai Noel tem uma voz diferente. Este aí não sabe nem fazer “hohohoho”!
No terceiro, já estava descrente. Mas eis que um velhinho de olhar carinhoso fisgou o pequeno.
- Finalmente, achei o Papai Noel. Ufa! Achei que ele só tivesse deixado substitutos aqui!