quarta-feira, 6 de maio de 2009

1 x 0

Nos últimos dias, eu tenho tentado aprender uma nova atividade: jogadora de futebol de botão. Ao menor sinal de descrença da minha parte, o meu pequeno logo repete a frase que eu sempre digo: Mãe, a gente tem que experimentar coisas diferentes. A vida é feita de coisas diferentes, sabia? E lá vou eu encarar as peças do Flamengo, enquanto ele se contenta em ser do Botafogo. Porém minha experiência futebolística será encerrada, a partir de agora, depois do trauma da noite de ontem. Enquanto jogávamos e ele imitava todos os sons que lhe pareciam pertinentes a um jogo, travamos o seguinte diálogo:
Ele: - Ê, jogador cabeça de sexo!
Eu: - Cabeça de quê?
Ele: - Cabeça de sexo!
Eu, com cara de espanto: - O que isso quer dizer?
Ele: Que o cara é muito sabido no jogo.
Eu: Ah... Não é isso não. Sabido é sabido, sabichão, sábio...

Sem mais perguntas, seguimos adiante, eu achando que tinha feito um gol, para minutos depois, ele contra-atacar.


Ele: Lá vai o Sexo para o gol.
Eu: O que é isso, filhote?
Ele: Eu é que te pergunto, mãe. O que é sexo? Quando eu posso usar esta palavra?

Perdi o jogo. 1x0 para ele. Respondi o que os manuais indicavam, mas a pergunta ficou pairando entre nós. O certo é que escolhemos a melhor escola, o canal educativo, etc, mas a criança não está protegida do mundo e vai descobrir as suas nuances no momento em que tiver que descobrir. E precisamos estar lá para apitar a partida e garantir o melhor resultado.

Um comentário:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    eu montei a cena todinha na minha cabeça.
    ah esse placar...

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