Final de domingo costuma ser uma canseira. Depois de muita diversão, a hora de ir para a cama e se preparar para uma nova semana não é muito tranquila. Lemos livro, revisamos os combinados e fazemos compromissos para o que nos espera na segunda-feira.
No caso deste domingo, o compromisso dizia respeito à televisão. Sim. A vilã ataca lá em casa e a ferro e fogo. O pequeno é um apaixonado da telinha azulada. Adora desenhos, mas tem se metido a assistir outras paradas e as outras paradas não são muito legais.
Programação teen às 9 horas da manhã. Ninguém merece! A essa hora, penso eu, os adolescentes estão na escola. E quem fica sujeito à gritaria e aos modismos da juventude são os pequenos que estudam à tarde.
A regra é não assistir a estes programas, mas eles estão misturados aos desenhos (muitos já seguem a tendência da voz alterada, dos namoricos, da ironiza exacerbada). O ideal seria assistir TV educativa, mas tenho que lidar com a realidade. Mesmo que assista ao educativo, o filhote sabe mexer em um controle remoto e quer mais do que lhe é oferecido em alguns horários da programação infantil.
- Mãe, isso é para neném! Não quer que eu assista, né?
Tudo bem. Super-heróis, monstros terríveis, revanches, alienígenas... Convivi com isso a minha infância toda e não me limitei. Então, é preciso conhecer de tudo um pouco. Queria muito que ele ficasse só com os ótimos As Aventuras de Piggley Winks, Backyardigans, Pinky Dinky Doo, Madeleine (lindo!), Peixonautas e Harry e o Balde dos Dinossauros. Mas não estão sempre disponíveis.
Então, cardápio diversificado, nas horas que ele tem na frente da telinha, mas sem programas com atores, mini-novelas. O “barraco” estava armado. O diálogo que segue só me faz ter certeza da decisão, mas me mostra que, a cada desafio, preciso de doses extras de paciência, de tolerância e de inteligência.
- Mãe, por que você quer escolher o que eu vou ver? Por que você não escolhe o que você vai ver?
- Filho, mas este é o meu papel. Meu papel de mãe. Mostrar para você certos caminhos, o que é certo, o que é errado.
- Quem te disse que este é o papel de mãe?
- É claro que é. Eu sou sua mãe. Tenho que te educar. Se não for este o meu papel, qual é?
- Ah, mãe... Educação eu tenho na escola e mãe serve mesmo é para colocar filho no mundo.
- O que?
- Ficar grávida, mãe. Este é o seu papel.
Papel vencido, porque já faz tempo que coloquei o bichinho no mundo. Mas preciso me atualizar e colocá-lo neste mundo muitas vezes, o tanto necessário para que ele chegue a algum lugar e compreenda certos limites. Depois da discussão e algumas lágrimas derramadas, o acordo foi estabelecido. Lá em casa nada de Quase Anjos ou Zoey 101.
Amando a humanidade
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Acho que ser homem, pai, marido, adulto do sexo masculino já foi mais
fácil, mas não tinha graça. Confinados em seus clubes, escritórios, saunas,
bordéis,...
Há 10 anos
Zoey 101. Arthur vê.
ResponderExcluirA tarefa se torna ainda muito mais árdua quando a gente lembra quão inúmeros são os "partos" nessa caminhada. Boa sorte também nesta empreitada...
uma resposta boa nessas horas:
ResponderExcluirfilho, papel de mãe é ser chata de vez em quando!
rsrsrsrs
minha amiga, encare esse diálogo como o mais sutil perto do que está por vir....
sim, eles crescem! e nós nunca iremos nos acostumar com essa ideia.
HAHAHAHAHAHAHAHA!!
ResponderExcluirque menino petulante!
sensacional
bjsss
deb